sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ausência de Empatia para com os Outros

Psicopatas são incapazes de amar e dificilmente apegam-se a outras pessoas. Não sentem remorso ou vergonha quando abusam dos outros. Contudo, isto não significa que o psicopata não esboce nenhum tipo de emoção. Em realidade, eles as têm, mas em relação a eles mesmos, não em relação aos outros. São como que incapazes de sentir emoções “sociais”, tais como simpatia, empatia, gratidão. Essa pode ser a explicação por que os sociopatas têm um desejo tão pronunciado de impingir sofrimento e dor em outras pessoas sem sentir qualquer remorso. Para eles, as emoções alheias não têm importância alguma. Eles tratam as pessoas à sua volta como coisas; objetos de manipulação. Como bem descreveu Gabbard, “Uma das características mais importantes que se observa nos psicopatas é a falta de empatia e um estilo de interação sadomasoquista baseado mais no poder do que nas vinculações afetivas.” De fato, alguns indivíduos com traços de psicopatia dirão que suas relações interpessoais são muito importantes para eles: contudo, eles demonstram seu desapego às pessoas por meio de suas ações, por enganarem e ferirem aqueles que lhes são mais próximos sem dar a menor importância ao impacto negativo que seu comportamento causa nos outros. David S. Holmes afirma que os sociopatas “com frequência verbalizam fortes sentimentos e compromisso (por exemplo, facilmente dizem eu te amo), mas seu comportamento indica o contrário.” Além disso, quando as coisas dão errado, eles frequentemente explicam a cadeia de eventos de uma maneira que os isenta de qualquer responsabilidade pela situação em que estão.

7 comentários:

  1. Nossa explicou minha mae. Agora entendo porque sofri tanto na mão dela.

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  2. Nossa alguém próximo a mim é assim

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Acho muito errado confundir ausência de empatia com psicopatia. Eu não sou empático, mas não sou psicopata. Não sou sádico, não tenho prazer no sofrimento de ninguém. Não busco o sofrimento das pessoas. Sou indiferente a elas. Tanto faz elas estarem bem como mal, pouco me importa, mas nem por isso eu iria lhes fazer mal. Não tenho prazer nisso, por que faria? Pra ser psicopata, você precisa não só ser apático, como também sádico. Há inúmeras pessoas por aí que não são empáticas, mas não são sádicas. Outra coisa, ninguém escolhe ser apático. Apenas somos. Eu tentei já, algumas vezes, desenvolver sentimento genuíno pelas pessoas, mas não consigo, não consigo me importar com elas, nem sofrer o sofrimento delas, nem me alegrar com as alegrias delas. Sou morto para esse tipo de conexão e não consigo ser diferente. Infelizmente, eu preciso simular, preciso fingir me importar para não ser julgado pelos demais porque as pessoas não entendem. Não entendem que nascemos assim e não há como mudar. Não tem nada a ver com falta de caráter. É como ser daltônico, nascemos com defeito de fabricação. Nascemos assim, não escolhemos ser assim.

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