segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Sociopatas: Uma Breve Descrição

Sociopatas têm sérias dificuldades para sentir empatia em relação aos outros. Em outras palavras, eles acham extremamente difícil e em alguns casos até impossível se colocar na posição da outra pessoa. É por causa disso que tantas vezes eles são indelicados e insensíveis, divertindo-se em humilhar e depreciar.

Sua predisposição para falar o que querem sem se importar com a verdade em conjunto com o seu narcisismo exacerbado, levam-nos a contar histórias mirabolantes em que eles são os heróis e em que os seus opositores são sempre maus e culpados por tudo. Valendo-se de mentiras ou de meias verdades, o psicopata manipula quem ele quer,  para obter lucro pessoal ou simplesmente para se divertir.

O sociopata tem emoções rasas. Ele é extremamente habilidoso em demonstrar amizade, carinho e consideração para ganhar a confiança das pessoas. Mas suas emoções em grande parte são superficiais e as demonstrações de cuidado não passam de mero teatro. Até mesmo suas demonstrações de raiva são artificiais. Logo depois de um ataque de ira, o psicopata retorna ao estado normal, deixando claro que não provou do sentimento como uma pessoa normal provaria.

Psicopatas têm comportamento impulsivo e irresponsável; com frequência não se mantêm no trabalho e não administram bem as suas contas.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Abuso Verbal

“Você é sensível demais.”
Se você já ouviu essa frase, é possível que já tenha sido vítima de abuso verbal.

O abuso verbal é uma das armas utilizadas pelos sociopatas para imobilizar suas vítimas. Suas cicatrizes emocionais com frequência são mais profundas que cicatrizes de agressões físicas. O abuso verbal torna as pessoas inseguras, com a autoestima em pedaços e por vezes com sérias dificuldades para enfrentar os desafios da vida.

Boa parte das pessoas não percebe que está sofrendo abuso verbal. Isso ocorre principalmente quando ele vem de alguém que a vítima pensa que gosta dela ou de alguém em posição de autoridade, como um chefe, um genitor ou um irmão mais velho.

Na maioria das vezes o abuso é seletivo, isto é, tem endereço certo. O abusador se encarregará de esconder a agressão das pessoas ao redor o quanto puder. Dessa forma, ele garante que ninguém vai dar crédito à vítima se esta resolver denunciá-lo. G Ballone diz: “O sociopata leva uma vida dupla: mantém uma aparência e atividades cotidianas normais, mas essa imagem não corresponde à sua realidade íntima, anormal, doentia, que só é revelada a suas vítimas, quando estão indefesas.” Por isso fique atento: alguém bem próximo a você pode estar sendo a vítima..

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Afinal, o Sociopata Tem Jeito?

“O psicopata não tem uma psicopatia, no sentido de quem tem uma tuberculose, ou algo transitório, mas ele é um psicopata. Psicopata é uma maneira de ser no mundo, é uma maneira de ser estável.” Schineider

“É mais sensato falarmos em ajuda e tratamento para as vítimas dos psicopatas do que para eles mesmos.” Ana Beatriz Barbosa

A opinião da maioria dos especialistas é que, diferentemente dos indivíduos portadores de outros transtornos psiquiátricos (como esquizofrenia, ansiedade, distúrbio bipolar ou depressão), sociopatas não podem ser ajudados, nem por meio de psicoterapia nem através do uso de medicamentos. Em realidade, para o sucesso no tratamento de qualquer transtorno psicológico/psiquiátrico, é fundamental que o paciente sinta a necessidade de mudança. O sociopata, contudo, carece desse desejo; ele é bastante satisfeito em ser como é.

Quando submetido a algum tipo de psicoterapia, é mais provável que se utilize das informações obtidas nas sessões para aperfeiçoar seu jogo de manipulação e sedução. Sociopatas incorporam os jargões aprendidos e tornam-se mais e mais capazes de ludibriar e fazer o mal.Podem, contudo, dissimular seu verdadeiro caráter, para obter vantagens imediatas, como redução da pena ou obtenção de liberdade condicional, como já dissemos. O tempo, entretanto, trará à luz suas falcatruas de praxe.

Mentirosos Patológicos

Um mentiroso patológico é normalmente definido como alguém que mente incessantemente para sair-se bem, sem a menor preocupação com os outros. Mentira patológica é geralmente vista como um mecanismo desenvolvido bem cedo na infância para lidar com o mundo, estando frequentemente associada com algum outro tipo de desordem mental. Um indivíduo mentiroso patológico frequentemente sabe onde quer chegar (ou seja, suas mentiras têm um propósito). Esses indivíduos têm pouca consideração ou respeito pelos direitos e sentimentos alheios. Eles são vistos como manipuladores, autocentrados e espertalhões. Suas emoções são rasas, mas seu teatro e sua boa conversa são capazes de ludibriar qualquer um. Esses indivíduos podem simular qualquer coisa para atingir o que querem: eles são mentirosos patológicos!

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Atuando Como o Coitadinho

“Esta tática envolve atuar como uma vítima inocente de uma dada circunstância ou do comportamento de alguém, com vistas a ganhar simpatia, evocar sentimentos de compaixão e assim obter algum lucro da vítima. Se há algo que pessoas de personalidade agressiva têm por certa é o fato de que indivíduos com personalidades menos insensíveis e hostis normalmente não conseguem ver ninguém sofrendo. Com isso, a tática é simples. Convença a sua vítima de que você está tendo algum tipo de sofrimento, e ela tentará aliviar a sua dor.” George K. Simon

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Psicopatas Não São Loucos: Entendendo a Loucura

Um dos mitos que envolvem a figura do sociopata é o de pensar que ele é louco (ou, por utilizar um termo técnico, psicótico). Vejamos sucintamente a diferença entre os indivíduos psicóticos e os psicopatas.

Pacientes com transtornos psicóticos frequentemente alimentam crenças que não são apenas falsas, mas também bizarras, inconsistentes e quase sempre impossíveis de serem removidas, mesmo mediantes demonstrações convincentes de sua impossibilidade. Muitos escutam vozes imaginárias ou apresentam crenças irredutíveis de que pessoas ou governos estão tramando um plano para arruiná-los, por exemplo. O protótipo da psicose (ou loucura) é a esquizofrenia, uma doença debilitante que, se não tratada, torna o paciente completamente incapacitado para as interações da vida.

O psicopata, por outro lado, não apresenta os sinais descritos acima. Ele não tem problema algum no seu raciocínio ou na sua percepção do mundo externo. É capaz de executar suas atividades como qualquer outro cidadão, sem sofrer com qualquer tipo de delírio ou alucinação.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Gaslighting

Esta gíria em inglês descreve uma tática utilizada pelos psicopatas para cometer abuso verbal e emocional. O termo significa “fazer alguém enlouquecer”. O agressor jura que nunca disse certas coisas e que certos fatos nunca aconteceram. A vítima reconhece a mentira, mas, à medida que isso se repete, começa a pensar que está enlouquecendo. Se você está sendo vítima de gaslighting mantenha-se longe do seu agressor, jamais tenha dúvidas sobre o que você sabe ser verdade e nunca pense que está ficando louco.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Manipuladores no Ataque

Manipuladores se utilizam de abuso verbal para enfraquecer a percepção de suas vítimas, manipulá-las como querem, torná-las dependentes, privá-las da verdade e isolá-las das outras pessoas. Eles omitem a verdade e inventam histórias falsas para atingirem seus objetivos. Causam com isso grande confusão, angústia e transtornos emocionais em suas vítimas. Algumas vezes, contudo, e de maneira imprevisível,  assumem uma postura carinhosa e afável, comportando-se como seus amigos íntimos. Essa mudança de comportamento determina um alívio temporário à dor da vítima, fazendo com que ela se reaproxime do seu agressor e assim se torne mais dependente dele. Manipuladores esmagam suas vítimas e exercem domínio sobre elas de uma forma tão sutil que somente elas, e (quase) mais ninguém, conseguem perceber. Ao mesmo tempo, posam para o mundo como pessoas bem-humoradas, cidadãos de bem e pais exemplares.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Não Se Engane: Estas Pessoas de Fato Existem

Quase todo mundo acredita que tanto atos extremos de bondade e altruísmo quanto atos de crueldade singular são passíveis de serem praticados por qualquer ser humano, dependendo da situação que a pessoa esteja atravessando. Paradoxalmente, quando nos deparamos com um caso real de crime hediondo, nos perguntamos como é possível que um ser humano como nós possa fazer algo assim. Nós simplesmente não acreditamos que esse mal possa realmente existir – e, quando nos deparamos inegavelmente com ele, podemos ser tentados a atribuí-lo a causas sobrenaturais, invocando, por exemplo, a ação do próprio demônio.

Dr. Morrison, falando sobre as causas que atribuímos ao tentar explicar o comportamento dos psicopatas violentos, diz: “A espiritualidade é importante, mas não é ela que causa ou previne a ação dos serial killers. Álcool e drogas também não são os responsáveis por assassinatos em série. Este é apenas um mito que as pessoas acalentam. E ninguém aqui está ignorando a espiritualidade. Mas eu estou falando de indivíduos que são frequentemente aquilo que nós chamaríamos de a personificação do mal.”

Aqui cabe uma reflexão. Nós lhe perguntamos: Você, em sã consciência, seria capaz de abandonar seu filho recém-nascido num cesto de lixo? Você, em sã consciência, seria capaz de ludibriar um pobre aposentado para ficar com todo o dinheiro que ele acabou de receber? Você, em sã consciência, seria capaz de magoar ou fazer sofrer um filho, um amigo ou quem quer que seja, pelo simples fato de se divertir com a tristeza alheia? Você, em sã consciência, seria capaz de planejar friamente o assassinato de seus pais?

Certamente a resposta para todas essas perguntas foi um ressonante não. Por quê? Simplesmente porque, como afirma a Dra. Ana Beatriz Barbosa, atos como esses “não são provenientes de uma natureza humana normal”. A mesma médica complementa: “Tais ações só são possíveis de serem realizadas por uma característica que foge totalmente à nossa natureza humana genuína, e essa particularidade é a frieza e a completa falta de consciência”, presentes apenas nos sociopatas.

Portanto, que fique bastante claro em sua mente. Pessoas que praticam atos deliberados de maldade contra seus semelhantes existem, sim, de fato e de verdade. Mas, ao contrário do que alguém poderia imaginar, a maioria das pessoas j a m a i s seria capaz de praticar um terço dos atos praticados pelos sociopatas, mesmo em situações extremas.

Acreditar que qualquer um, em situações extremas pode se tornar um abusador ou um serial killer, ou descrer que pessoas do mal de fato existem transforma você numa vítima em potencial para a ação dos sociopatas. Por quê? Porque eles são indivíduos que passam completamente despercebidos na sociedade. Ficam escondidos, à espreita, esperando o momento de dar o bote e lhe capturar em sua armadilha, cuidadosamente preparada para laçar o desavisado.

Precisamente porque a maioria dos seres humanos têm um senso instintivo de altruísmo e de agir dentro das normas, eles são incapazes de ver quando outro ser humano não compartilha desses atributos. A credulidade e a boa fé dos cidadãos de bem é a terra fértil onde germinam as sementes da maldade dos sociopatas. Por outro lado, se você está sendo vítima de alguém com as características que delineamos neste texto, não hesite em reconhecer que provavelmente você se envolveu com um sociopata de carne e osso. É bastante provável que, mesmo diante de todas as evidências, você ainda esteja em dúvida quanto ao caráter do seu agressor. Isso ocorre por causa extremo poder de sedução que os psicopatas têm: suas vítimas, em meio a um turbilhão de agressões e calúnias, ainda persistem em tentar encontrar alguma razão que justifique as más ações deles e ainda alimentam esperanças de ter um relacionamento normal com o seu agressor. Não se engane! Não caia neste erro!

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Afinal, Onde Está o Problema?

Não é nosso objetivo no momento, para tentar explicar anátomo-fisiologicamente o que acontece no cérebro dos sociopatas. Em rápidas palavras, contudo, podemos dizer que, aparentemente, os desvios de comportamento desses indivíduos advêm de uma má conexão entre as áreas do cérebro responsáveis pelo processamento das emoções (sistema límbico) com aquelas responsáveis pelo raciocínio crítico (lobo pré-frontal). Devido a esse defeito, os sociopatas não conseguem sentir que algo é errado, embora possam sabê-lo racionalmente. Em posts futuros, detalharemos mais este aspecto.